Tratamento da Infecção por Helicobacter pylori

Erradicar a bactéria é essencial para restaurar a saúde gástrica e prevenir complicações

A infecção por Helicobacter pylori é uma das causas mais comuns de gastrite crônica e úlceras pépticas, além de estar associada ao aumento do risco de câncer gástrico e linfoma de MALT.

Essa bactéria, adaptada ao ambiente ácido do estômago, se instala na mucosa gástrica e provoca inflamação persistente.

Embora muitas pessoas infectadas possam não apresentar sintomas, o tratamento é fundamental para evitar a progressão da doença e reduzir o risco de complicações.

Como ocorre a infecção por H. pylori

Transmissão discreta, mas com grandes impactos na saúde digestiva

A bactéria é geralmente transmitida por via oral-oral ou fecal-oral, especialmente em ambientes com condições de higiene precárias.

Após colonizar a mucosa do estômago, o H. pylori produz enzimas (como a urease) que neutralizam o ácido gástrico ao redor da bactéria, permitindo sua sobrevivência.

Com o tempo, essa presença contínua desencadeia uma resposta inflamatória crônica, levando à gastrite, úlceras e, em casos mais graves, lesões pré-cancerosas.

Sintomas e diagnóstico da infecção

A maioria das infecções é assintomática, mas, quando presentes, os sintomas se assemelham aos da gastrite ou úlcera péptica:


  • Dor ou queimação no estômago
  • Náuseas, enjoo e perda de apetite
  • Sensação de plenitude após pequenas refeições
  • Arrotos frequentes ou gosto amargo na boca


O diagnóstico é feito por meio de exames específicos, como:


  • Endoscopia digestiva alta com biópsia e teste da ureasec
  • Teste respiratório da ureia (teste do sopro)
  • Teste de antígeno fecal
  • Sorologia, em casos específicos


Esses exames permitem confirmar a presença da bactéria e indicar o tratamento adequado.

Tratamento da Infecção por H. pylori

O tratamento visa eliminar completamente a bactéria e restaurar a integridade da mucosa gástrica. A terapia padrão envolve a associação de antibióticos e medicamentos que reduzem a acidez estomacal, geralmente por 10 a 14 dias. As principais abordagens incluem:


  • Terapia tripla: combinação de dois antibióticos (geralmente amoxicilina e claritromicina) com um inibidor da bomba de prótons (IBP).
  • Terapia quádrupla: indicada em casos de resistência bacteriana ou falha do tratamento inicial, inclui um IBP, dois antibióticos (como metronidazol e tetraciclina) e bismuto.
  • Terapias de resgate: aplicadas em situações de infecção persistente, com ajustes de antibióticos conforme testes de sensibilidade.


Durante o tratamento, é fundamental seguir corretamente as orientações médicas e evitar interrupções, garantindo a eficácia da erradicação.

Prevenção da reinfecção

A prevenção da reinfecção por H. pylori envolve medidas simples, mas eficazes:


  • Manter bons hábitos de higiene, lavando bem as mãos antes das refeições
  • Consumir água potável e alimentos devidamente higienizados
  • Evitar o compartilhamento de utensílios pessoais e alimentos
  • Realizar acompanhamento periódico com o gastroenterologista


Esses cuidados ajudam a preservar a saúde digestiva e prevenir novas infecções.

Cuidados durante e após o tratamento

A adesão correta é essencial para o sucesso terapêutico, para isso reccomenda-se:


  • Cumprir rigorosamente o esquema medicamentoso
  • Evitar o consumo de álcool e anti-inflamatórios durante o tratamento
  • Adotar uma alimentação leve, fracionada e evitar alimentos muito ácidos ou condimentados
  • Manter acompanhamento médico para avaliação dos sintomas e possíveis efeitos colaterais


Após o término da terapia, é importante realizar exames de controle, geralmente teste respiratório ou teste de antígeno fecal, para confirmar a erradicação completa da bactéria — idealmente após 4 a 8 semanas.

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