

No consultório, é muito comum que os pacientes cheguem constrangidos ao falar sobre os sintomas das hemorroidas e o que é pior: muitos passam meses lidando com o desconforto, acreditando que se trata de algo passageiro ou simples de resolver sem o auxílio médico.
E esse comportamento só aumenta o sofrimento e pode tornar o tratamento mais complexo.
As hemorroidas são uma condição muito mais frequente do que se imagina e, felizmente, dispomos atualmente de diversas opções de tratamento, desde medidas conservadoras até abordagens cirúrgicas modernas e seguras, confira abaixo.
As hemorroidas são estruturas vasculares localizadas na parte final do reto e no canal anal, responsáveis por ajudar na continência fecal.
Elas só passam a causar problemas quando se dilatam ou inflamam, provocando sintomas como dor, sangramento, coceira e sensação de peso anal.
Diversos fatores contribuem para o surgimento das hemorroidas, entre eles constipação crônica, esforço excessivo ao evacuar, sedentarismo, gravidez, obesidade e até predisposição genética.
Esses fatores aumentam a pressão nas veias da região anal, levando ao surgimento das chamadas doenças hemorroidárias internas ou externas, conforme a localização dos vasos afetados.
Na maioria dos casos, o tratamento inicial é clínico e inclui medidas como:
Essas medidas costumam controlar bem os sintomas nas fases iniciais, especialmente quando acompanhadas de mudanças no estilo de vida.
A cirurgia de hemorroidas é indicada quando o tratamento clínico não é suficiente para controlar os sintomas, ou quando há:
A decisão é sempre individualizada e feita pelo proctologista, após avaliação detalhada do quadro clínico e do histórico do paciente.
Existem diferentes técnicas cirúrgicas para o tratamento das hemorroidas, e a escolha do método mais adequado depende da gravidade da doença, do grau de prolapso e das condições clínicas do paciente.
A forma tradicional é a hemorroidectomia convencional, procedimento em que as veias dilatadas são removidas cirurgicamente.
Já as técnicas minimamente invasivas, como o grampeamento (PPH) ou o uso de doppler (THD), têm como objetivo reduzir a dor no pós-operatório e acelerar o processo de recuperação, proporcionando maior conforto ao paciente e retorno mais rápido às atividades habituais.
Antes do procedimento, o paciente passa por uma avaliação clínica completa. É recomendado:
O período de recuperação varia conforme a técnica empregada, mas costuma ser tranquilo com os cuidados adequados. É comum haver leve desconforto, inchaço e sensação de peso anal nos primeiros dias, controlados com analgésicos e banhos de assento.
Durante as primeiras semanas, recomenda-se alimentação rica em fibras, boa hidratação e evitar esforço físico. O retorno às atividades habituais ocorre, em média, entre 7 e 15 dias.
Quando bem indicada e realizada por equipe especializada, a cirurgia oferece excelente resultado funcional e estético, com alívio completo dos sintomas, melhora da qualidade de vida e baixo risco de recorrência.
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